segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Escolas de design investem no ensino tipográfico


O movimento que está acontecendo no mercado de design gráfico em torno do assunto tipografia começa a chegar às escolas de design.
Para estimular os alunos, escolas como SENAC cultivam o hábito de publicar catálogos com as fontes produzidas durante o ano.

Questão Vital

“Um designer que não conhece tipografia é como um arquiteto que não sabe desenhar”, afirma Fernanda Martins, designer especialista em fontes.
O embasamento do designer, segundo os especialistas, deve começar pelo conhecimento da história dos tipos, estudo das fontes existentes e porque foram desenvolvidas. É preciso também saber escolher e combinar fontes, além de aprender a trabalhar espacejamento, entrelinhas e até como a evolução das tecnologias contribuiu para a evolução da tipografia.
“A tipografia, ao lado das cores, forma dois princípios básicos para o trabalho dos designers”, afirma Ana Lúcia Ribeiro, professora de tipologias.

Desinteresse e paixão

A primeira vista a tipografia sugere aos alunos algo chato e maçante. Segundo o professor Aníbal Folgo, muitos resistem, inicialmente, em aprendê-la, mas depois que descobrem seu imenso universo de possibilidades, muda de opinião, passando a dar-lhe o devido valor.

A fonte “Desculpe, meu bem” já lhe rendeu o 3º lugar no concurso typodrome, organizado pela UniverCidade do RJ. A inspiração começou pelo nome da fonte. Galasse imaginou um casal de namorados comendo um sanduíche. De repente, o rapaz derrama ketchup na roupa dela e diz “Desculpe, meu bem”. Os tipos foram desenhados com saches de ketchup do McDonald’s.
O set tipográfico “Côncavo e convexo” mereceu menção horosa no typodrome. O estudante se inspirou nos estudos de litografia e xilogravura desenvolvidos com cálculos matemáticos pelo matemático Escher.
Saldanha criou a “Buril”, baseada na literatura de cordel. Ele buscou referência na textura criada pela ferramenta buril raiada usada para marcar a madeira na produção da xilogravura. “A textura da fonte é formada por riscos retos e paralelos de tamanho pequeno e forma geométrica”.
Raquel Nishijima se inspirou em brotos de feijão para criar a fonte “Moyashi” (nome do feijão em japonês). Ela formou as fontes com brotos de feijão, escaneou, contornou os tipos impressos com caneta, depois escaneou novamente e trabalhou a fonte sobre contornos desenhados com a caneta.

2 comentários:

  1. Texto muito válido, mas, em se tratando de fonte, uma pior que a outra ali heim, deusolivre.

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  2. heheh...
    Pois é...
    A idéia dos cara é muito doida... as fontes são muito esquisitas....

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